Estamos vivendo no meio da geração mais egoísta, individualista e gananciosa que o cristianismo já produziu ao longo de sua história. Infelizmente, hoje há um inimaginável apego ao sucesso terreno como fruto da verdadeira fé. E este sucesso, além de terreno é mundano, pois pouco importa os meios, o que interessa são os resultados. Há um pragmatismo que impera no meio cristão e faz com que só se entenda fé através de vida próspera, saúde inabalável e repreensão de demônios. É a geração DDD que nada tem a ver com “Discagem Direta à Distância”, mas com o trinômio “Demônios, Dinheiro e Doença” que norteiam boa parte dos nossos cultos.
Boa parte das experiências religiosas visa à catarse
coletiva, na busca do espetaculoso. Nos cultos que fazem da expulsão de demônio
um show, alguns pregadores chegam mesmo a convidar pessoas supostamente
endemoninhadas para serem “entrevistadas” antes de terem o tal espírito maligno
expulso. Outros fincam suas bandeiras na cura física, e é relativamente comum
vermos aglomerações de pessoas tentando tocar o líder a fim de receber a bênção
da cura. Outros, ainda, centram sua teologia na prosperidade financeira como
pedra angular da fé. Recentemente, foi exibida a casa de um desses líderes
repleta de sinais de ostentação e esnobismos.
Este é o mundo onde eu e você estamos inseridos. Um
mundo de sentimentos superficiais, de adoração que pouco tem a ver com
transformação de vida, de amor interesseiro nas bênçãos e nos supostos direitos
adquiridos. Uma geração preguiçosa que detesta EBD e só se mobiliza quando há
cultos festivos; que tem ojeriza aos cultos de oração, mas que não perde um
“louvorzão”; que se entedia com as pregações que não sejam repletas de palavras
de ordem, garantias de vitória e gritos de guerra.
O resultado disso tudo é que, apesar de já sermos
mais de quinze por cento da população do país, a triste verdade é que fazemos
muito pouca diferença. Para nossa geração o que importa é o eu. O nosso ego
satisfeito é o que resume a nossa fé. Se eu estou bem financeiramente, se minha
família não encontra problemas de relacionamento ou de vícios, se a saúde dos
meus está boa pouco importam as necessidades dos outros. Posso quando muito
orar, se lembrar, entre um pedido e outro que faço a fim de satisfazer meus
próprios interesses.
Esta é a geração DDD. Este é o cristianismo atual.
Mas você não precisa estar incluso nele. A Palavra do Senhor nos fala de um
homem chamado Elias que um dia, vendo a corrupção da sua geração, pediu a morte
como alívio. Mas o Senhor o lembrou de que ainda havia um remanescente fiel que
não havia dobrado seus joelhos ante Baal.
Sempre houve e sempre haverá um remanescente
fiel. E agora, neste momento há uma geração de verdadeiros adoradores que não
necessitam da benção para crer, que não buscam barganhas com Deus para
servi-Lo, que têm na presença Dele o motivo de sua fé. Uma geração de homens e
mulheres que experimentaram o arrependimento e andam em santidade, não por
medo, não por interesse, mas unicamente por um coração transformado que
simplesmente não sente prazer em obras mortas.
A esta geração de Cristo, que nunca será vencida e
que avança contra todo o tipo de opressão maligna e liberta os cativos
arrebentando as portas do inferno. A esta geração cabe a missão de se
posicionar com mansidão e amor para proclamar o verdadeiro evangelho que não se
baseia na prosperidade, nem na cura, nem nas intermináveis campanhas de
exorcismos, nem em festividades vazias, mas na presença do Senhor Jesus, na graça,
no arrependimento e na cruz.
Não Desista!
Pr. Denilson Torres
Não Desista!
Pr. Denilson Torres
Nenhum comentário:
Postar um comentário
E você o que acha? Deixe a sua opinião!